quinta-feira, 11 de setembro de 2014

Nostalgia

 


Longe distante de tudo que já foi intimo, de tudo que já fez parte de você e do que você é, surge a vontade imensa de reencontra tudo que já foi seu, saber em que estado se encontra seus sentimentos, terminar de despedaçar sua alma, o meio aonde tudo ocorreu deixa também um vazio no fundo do seu ser, o lugar, as pessoas, tudo que remete a essa doce lembrança hoje é amargo, frio e dolorido.
   Entra e destrói tudo, corrói a carne, apodrece os pensamentos e destrói as esperanças, que são elas as esperanças, nos mantém de pé e nos destroem ao mesmo tempo, queria eu não ter mais pensamentos e esperanças para que não tivesse a que destruir e nem a que ficar de pé, no fundo parece só o fim é  a solução ou realmente o fim seria o fim, tanto para bom quanto para o mal, o fim seria o descanso.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

Confusão






 O silêncio, vazio, tédio, fujo, me afasto desses sentimentos e cada dia me vejo mais próximo, me machuque mundo e me faça ver que não devo fugir, a grande ferida já não dói, torna-se insignificante perto do vazio que a encobre, tantas distrações para simplesmente não ver o óbvio, estou aqui e estou comigo, e além de mim só resta o eu, tudo esta voltado para como o eu se sente, como o eu se relaciona com o mundo, e o confronto do eu com o mundo tem que acontecer.
   O que não sou eu é o mundo, mesmo o eu de onde eu vim, ainda assim é o mundo, e meu egoismo se confronta com o egoismo do mundo, e o que é certo e errado não existe, o que torna toda e qualquer decisão uma decisão sem auxilio e sem direção, o que leva a pensar no que eu quero, quero agradar o mundo!? Quero agradar o eu !?, a própria vontade não existe, e o próprio egoismo é confuso e um só egoismo se divide em mil e lutam entre si, uma batalha sem fim aonde a vitória nunca é uma vitória, porque vitória é algo criado pelo mundo e o mundo não sou eu, mais eu sou o mundo, o mundo do eu.

terça-feira, 2 de setembro de 2014



     Aqui estou eu acordado, amargurado, machucado, por uma arma letal que mata sem matar, que provavelmente vai passar a vida a entrar cada vez mais no meu peito e nunca terminar o serviço, deixando a vida cada vez mais difícil, o nome dessa arma é saudade.
     Depois de uma noite com você ou o que você foi, em delírios do sono, acordo como uma criança que sonhou com o brinquedo tão desejado, acordo e percebo que o fruto da minha felicidade não era real e simplesmente fruto da minha imaginação, imaginação fértil essa que me mata aos poucos, torna a vida um Calvário e o sorriso um peso muito difícil de se levantar.
     Acordo e lembro de tudo que foi bom, pois o ruim já não lembro mais, e acredito que isso seja realmente o ruim de tudo, achar que foi ótimo e por mais que eu tente esquecer e substituir, por trás de todos os curativos essa ferida dói, uma dor aguda e incomoda difícil de ignorar, me entorpeço na esperança de que alivie essa dor, mas percebo que por mais que eu viva entorpecido, a ferida esta sempre lá, latejando guiando meu sofrimento eterno de sentir sua falta.