terça-feira, 2 de setembro de 2014



     Aqui estou eu acordado, amargurado, machucado, por uma arma letal que mata sem matar, que provavelmente vai passar a vida a entrar cada vez mais no meu peito e nunca terminar o serviço, deixando a vida cada vez mais difícil, o nome dessa arma é saudade.
     Depois de uma noite com você ou o que você foi, em delírios do sono, acordo como uma criança que sonhou com o brinquedo tão desejado, acordo e percebo que o fruto da minha felicidade não era real e simplesmente fruto da minha imaginação, imaginação fértil essa que me mata aos poucos, torna a vida um Calvário e o sorriso um peso muito difícil de se levantar.
     Acordo e lembro de tudo que foi bom, pois o ruim já não lembro mais, e acredito que isso seja realmente o ruim de tudo, achar que foi ótimo e por mais que eu tente esquecer e substituir, por trás de todos os curativos essa ferida dói, uma dor aguda e incomoda difícil de ignorar, me entorpeço na esperança de que alivie essa dor, mas percebo que por mais que eu viva entorpecido, a ferida esta sempre lá, latejando guiando meu sofrimento eterno de sentir sua falta.

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